sexta-feira, junho 01, 2007

Sobre livros, filmes e etc.

Dias atrás eu contei aqui que fui assistir ao "Batismo de Sangue". Bom... tem umas duas horas que eu acabei de ler o livro.

Contei não? Ganhei de Dia das Mães!

Melhor que o filme, claro! e por vezes uma pancada na boca do estômago, principalmente nas passagens que tratam da tortura dos frades e do período que o Tito viveu na França, enlouquecendo com a lembrança da tortura e do Delegado Fleury. Posso dizer que o livro foi meio que devorado, levando-se em consideração que o meu tempo para ler se resume ao itinerário que o ônibus faz do meu trabalho para a minha casa ou quando eu pego alguma fila de banco.

E hoje eu volto para o meu Romance d'A Pedra do Reino, que foi abandonado para eu poder estudar para um concurso (obviamente, não estudei e, mais obviamente ainda, não passei! Mas minha consciência doia cada vez que eu abria um livro que não fosse a apostila do concurso).

Tenho que iniciar a leitura antes da minissérie para poder imaginar o Quaderna do meu jeitinho, sem cara de ator da Globo. Até porque o Quaderna da propaganda está a cara do Visconde de Sabugosa. Mas na verdade, quando eu estava lendo o livro (antes de me inscrever pro tal concurso), eu já imaginava o Dom Pedro Quaderna meio Don Quixote, assim, magrão, rosto fino, barba, cabelão... Visconde de Sabugosa mesmo. E o próprio Ariano, que é fã de Cervantes, classifica esse personagem como "quixotesco".

A propaganda da minissérie me desanimou um tiquinho, confesso. Tive a impressão que o Luiz Fernando Carvalho vai abusar dos elementos circenses e de teatro mambembe que, em um filme ou programa isolado cai muito bem, dá um visual bonito, mas para uma minissérie talvez a coisa fique meio cansativa. É que eu gostei tanto d'O Auto da Compadecida do Guel Arraes, tão cinematográfico que, com uns cortes aqui e outros ali, acabou virando filme mesmo. Irônico. Para a peça, linguagem de cinema. Para o romance, linguagem de teatro.

De qualquer forma, é muito bom saber que, de vez em quando, a TV aberta resolve adaptar histórias bacanas e prestigia a literatura brasileira que é tão rica.

Bom... quem lê esse blog sabe que o Ariano Suassuna é um dos meus santos padroeiros, meu escritor favorito nessa vida e minha paixão eterna. Então, mesmo que a minissérie se revele uma decepção, eu vou ficar acordada até tarde para conferir. E esse é o único livro dele que tem aqui em casa que eu não consegui terminar. Agora termino!

E depois que terminar esse, tenho o "Catch a fire" e o Bob Marley me esperando. E eu só contei isso pra matar a Isis de inveja!!!

7 comentários:

Daniel Ottoni disse...

olá !!

pode ler o catch a fire, q é bom demais....
na verdade, ainda nao acabei, mas com certeza vai estar entre meus favoritos !!

bjusss

Anônimo disse...

Eu gosto demais do Suassuna, o filme do Guel ficou bacana, aquele da Regina Duarte é de uma tosquidão cômica, e até o dos Trapalões funciona.

Meu medo com A Pedra do Reino é que fique algo parecido com aquela desgraça com o Xerxes Noivinha do Carandiru, e pelo seu relato, devo levar meus temores a sério.

gigi disse...

Jubs, eu também amo o Suassuna e fico com a vista cansada de ver tantos recursos pirotécnicos... mas tv é isso, né... Vamos esperar e torcer! Geralmente, as séries são bem bacaninhas.

beijocas

Juliana A.B.F. disse...

Randall, nossos temores se confirmaram. O negócio é uma xaropada mesmo. Devia chamar Hoje é Dia de Quaderna que ia parecer a mesma série.

E a voz do ator me irrita. Já parei de assistir.

gigi disse...

e minha tv, que tá com defeito há dois meses e não conheço com que dê jeito?

a série tá boa? tá bonita?

Unknown disse...

Eu durmi antes de ver. Amanhã é aniversário do rabungento né?

Denise disse...

Ju, eu até fiz força pra ver a Pedra do reino, mas não deu, o que é aquilo???
Ah, meu humilde blog está de volta!
Estou com saudade, apareça!