quinta-feira, novembro 30, 2006

Daqui a uma semana melhora

Segundo a Isis, o mês que antecede ao nosso aniversário coincide com o nosso inferno astral. Assim, não deveríamos nem sair da cama nesses dias.

Eu, que não acredito nessas coisas astrais, sempre passei incólume por esse período dito maldito.

Pois bem. O tal inferno e seus capetinhas me encontraram hoje, uma semana exata antes da data fatídica em que completarei trinta e três anos.

Não sei se é essa chuva que não pára, não sei se é mesmo o tal período, não sei se são as pequenas cacas profissionais que aconteceram hoje, não sei se foi o fato de minhas lentes de contato terem acabado e eu estar de óculos... só sei que eu, normalmente otimista (sagitariana, claro!, se bem que eu não acredito nisso, lembrem-se...), hoje estou mais fatalista do que aquela hiena oh, dia! oh, azar!.

Então, para me animar um pouquinho, acendi um incenso para Ganesha - o que é duplamente útil, já que ajuda a superar obstáculos e, ao mesmo tempo, disfarça esse cheiro de coisas úmidas que a chuva não deixa ir embora -, fiz um bolo de banana e resolvi fazer minha lista de presentes. Se alguém se habilitar...

- Uma carona de ida e volta para o Cipó ou Lavras Novas ou Macacos;

- Uma indicação de um bom mecânico para que eu possa consertar o carro decentemente e não precise da carona;

- Um regime que funcione de verdade;

- Um dia ensolarado;
- Um guarda-chuva enorme, daqueles que dá para morar em baixo (teria sido muito útil hoje na hora que eu estava pegando ônibus para vir para casa);
- Galochas;
- Um ingresso para o show do Chico (obviamente esgotado após meio dia de venda);
- Um pastel de angu de umbigo de banana e uma Stela Artois lá no Galináceo. E um espetinho de lula.
Ainda bem que em uma semana exata, isso passa.

sábado, novembro 25, 2006

Apresento-lhes o Dedé

A culpa é do Otto que, além de colecionar e devorar as revistas do Calvin, aplicou Calvin na minha veia e fez com que eu tivesse um desejo inconsciente de ter um filho com as mesmas características do menininho do tigre.

Aí, veio o Dedé e sua imaginação calvinesca.

Dia desses, quando eu fui acordá-lo para ir à aula. Antes mesmo de abrir o olho, disse, fazendo voz de robô:

- Eu sou um brinquedo!

- Então, levanta da cama, brinquedo!

- Não posso... Eu sou um brinquedo quebrado.

E levou essa história de brinquedo tão a sério que só fazia determinadas coisas - tomar banho, escovar dentes, ir para a cama - se puxássemos a cordinha em suas costas. Sim, porque se o Calvin fosse um brinquedo, ele certamente seria de corda e não de pilha.

No início desta semana, o Dedé teve uma gastroenterite meio braba que nos fez baixar no Felício Rocho para que ele tomasse soro e plasil na veia. Antes de sermos liberados, a médica recomendou que ele fizesse uma dieta branda, comendo pequenas em porções, até que se reestabelecesse por completo.

Já completamente curado, o moleque (que não é muito fã de almoços e jantares, just like Calvin), me sai com uma dessas:

- Eu não posso comer essa comida. A médica mandou que eu não comesse tudo!



Se alguém aparecer aqui em casa com um tigre de pelúcia, eu ataco a vassouradas. E não estranharei nada se a comida começar pular do prato para atacá-lo.

sexta-feira, novembro 24, 2006

Vira o disco

Não sei porque essas coisas acontecem, menos ainda porque acontecem COMIGO, mas por três vezes, essa semana, quando eu me apresentei alguém cantou:

"A Juliana não quer sambar, samba, Juliana, samba, Juliana".

Se você não conhece essa pérola do cancioneiro (e por esse motivo, eu te admiro muitíssimo), isso é um híbrido de axé com pagode (iééééca!), cantada (?) por meia dúzia de retardados que se auto-intitulam conjunto musical e que alguma aberração bunduda fica chacoalhando quando toca.

Sempre respondo com um sorriso amarelo e tento ignorar o mal estar que associar meu nome com essa música me dá.

Minha irritação maior é porque essa bosta de música me atormentou alguns anos atrás. Tinha uma rádio que falava para as julianas ligarem e concorrerem a prêmios. Sempre tinha alguém que ouvia essa porcaria de rádio e falava para eu ligar. Os prêmios eram, muito provavelmente, tão infames quanto essa porcaria de música.

Da última vez que cantaram isso para mim, fechei a cara e falei, com todas as letras, que eu não gostava daquela música.

Mas minha vontade era dizer: "Se é para ser uma Juliana de música, que eu seja, então, a Juliana vagabunda e deliciosa que estava na roda com João com uma rosa e um sorvete na mão. E fez o José perder a cabeça de tanto ciúme e assassinar o João com uma facada." Dramático. Meio nelsonrodriguiano. Definitivamente, muito mais charmoso.

Muito melhor que ser um arremedo de Carla Peres com uma bunda gigante e ficar "samba, Juliana, samba, Juliana" para ver se o cérebro pega no tranco.

Tudo bem. Posso ser também a Juliana da música do Wander Wildner que a Silvia mandou para mim...

quinta-feira, novembro 09, 2006

Fala, Mangueira!

Vou começar falando do que eu não gosto. É para destilar mau humor mesmo.

Não gosto de Carnaval. É um inferno: não dá nem para aproveitar o feriado, viajar para um lugarzinho tranquilo... Lugar tranquilo não há! Todo lugar está cheio. Se é praia, tem aqueles irritantes trios elétricos, abadás, axé, gente suada. Acho o cúmulo alguém se meter no meio daquela doideira só para ficar meio surdo de música ruim, totalmente bêbado de cerveja quente, perder as unhas dos pés de tanto pisão que toma e mijar nas calças por falta de banheiro. E eu não gosto de Chiclete, Ivete, Daniela, sotaque soteropolitano, ACM e quetais... Outro dia, ouvindo conversa alheia na fila do banco, a garota falou que ia passar carnaval do ano que vem em uma praia do Espírito Santo e já tinha pago muitas centenas de reais para ver o Jamil. "Você não está entendendo: Jamil vai estar lá! Estou gastando uma grana com isso, mas vale a pena" Quem é Jamil? Isso lá é nome de bahiano? Não sei quem é e de preferência, quero morrer sem saber. Deve ser um bahiano feio, que usa lenço na cabeça, pula em cima de um trio elétrico, cantando uma letra genial do tipo: "Fazê fazê fazê, amô amô amô. Amô amô amô, fazê fazê fazê".Não pago nem um real para ir para o Espírito Santo. Com o Jamil lá, então, aí é que não vou mesmo.

Carnaval no mato, então, é impossível! Quem não conseguiu ir para praia resolve invadir meus redutos de tranquilidade: Cipó, Lavras Novas, Cocais, Caraça... E sabe o que eles levam? Churrasqueira, um lixo tremendo e um aparelho de som idiota que só toca... AXÉ!

Então, no Carnaval, só me resta ficar em casa, dormir mais que a cama e alugar um milhão de DVDs. E me empanturrar de pipoca e coca light. Porque nem a padaria abre em BH no carnaval. Aqui tudo morre no reinado de Momo. Acompanho também as notícias sobre os desfiles das escolas de samba do Rio. Não assisto aos desfiles porque eu não consigo ficar acordada. Mas torço fervorosamente pela Estação Primeira de Mangueira desde pequena. Não gosto de carnaval, mas gosto da verde e rosa.

Então, chegamos ao motivo de eu estar falando de Carnaval em época pré natalina: já estava desanimada porque o Ivo Meirelles estraga há alguns anos a bateria que já foi considerada Nota 10. Depois, fiquei triste com a notícia de que o Jamelão não vai gravar o samba-enredo esse ano em razão de sua saúde frágil. E o Jamelão é um dos motivos do meu amor pela Manga Rosa.

Agora, fico sabendo que a rainha da bateria da Mangueira do ano que vem é, ninguem mais, ninguém menos que... PRETA GIL! A traveca doida filha do ministro!

Desse jeito, não vou mais nem querer saber das escolas de samba do Rio. Vou virar Gaviões! É nóis na fita, mano!

(Não reclamem. Eu disse lá em cima que meu humor não estava dos melhores.)

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Ah! Não vou mais para São Paulo. Descobriram o motivo do post azedo?

quarta-feira, novembro 08, 2006

descanso...

Os últimos dias têm sido de muita correria: muito trabalho no escritório, um little help profissa que eu estou prestando ao Nelson, expediente de mãe abarrotado como sempre, Otto cheio de plantões de fim de semana... Então, tá! Cansei! Parei! Parei, não. Pararei. Para ser mais exata, pararei por cinco dias na semana que vem. Micro folga meio roubada. Vou emendar o feriado do dia 15. Forçando um pouco a barra, já que o feriado é na quarta.

Meu destino? Se tudo sair como se deve, passagens, dinheiro, escola do Rafa (se ele não tiver prova nessa data, né?): Mooca!

São Paulo, aí vou eu.

Dizem que está rolando a Bienal lá.

Randall, vou conhecer o Sebo do Bac!

Silvia, nosso chopp está combinado.

E Mari... ah! Mari, se você me der o bolo de novo, vou baixar em Santos para te dar o puxão de orelha pessoalmente.