sexta-feira, abril 25, 2008

Feriado em Sampa

Eu tinha feito uma lista no início do ano de projetos para 2008. Mas mestre Cartola já tinha avisado que o mundo é um moinho... Os últimos acontecimentos da minha vida me mostraram que projetos são apenas projetos. Se eu chegar respirando no fim do ano, já fiz muito.

Mas... enquanto respiro, posso viver situações felizes, por que não? E é pra isso que eu vou a São Paulo. Encher meus pulmões de família e amigos e um pouquinho de CO2. Eu nem deveria fazer minha usual declaração de amor a São Paulo e à Mooca para não ser repetitiva. Mas já sendo repetitiva...
Meus planos para São Paulo, dessa vez, se resumiam a comprar um All Star (porque aqui em BH All Star custa R$ 64,90! Um roubo!), um CD do Creed, um da Nina Simone e, no mais, ficar dentro de casa jogando mau-mau, comendo pizza de escarola e curtindo família.

São Paulo é mesmo foda, foda, foda. E aí eu não consigo deixar de sair para olhar a cidade, ver as meninas bem vestidas, as mal vestidas, as gordinhas da Mooca (já que, hoje em dia, sou uma delas), ouvir velhinhas com sotaque italiano, tomar meu mate gelado e comprar All Star a R$45,00 nas Grandes Galerias (a propósito, dessa vez foram dois). Creed e Nina ficaram para o dia 27 de maio, quando eu for fazer uma audiência lá.

E essa ida a São Paulo foi especial já que recebi essa visita linda vinda da beira do Oceano Atlântico: minha querida amiga Mari.

(foi muito assunto e muita cerveja!!!)


Depois de quase 19 anos longe uma da outra, nosso lema era 1 cerveja para cada ano separada. Mas trocamos a quantidade por qualidade e o saldo foi 4 Stellas Artois (claro!!!!), 1 Newcastle Brown Ale só para experimentar, 2 Serramaltes. Isso no primeiro dia! (É claro que foram dois dias! Vocês acham que eu ia deixar minha Maroca ir embora só com uma botecada??? Grudei nela e consegui segurá-la comigo até o outro dia de noite!) No dia seguinte, mais Serramaltes e uma Bohemia na casa do meu cunhado. Muito riso. Muita conversa. Muita alegria. E amizade inundando todos os lugares pelos quais a gente passou. E ainda teve o telefonema pra Isis e o encontro com a Fabi que não estavam nos planos!!! Encontro duas amigas queridas, falo com outra, tomo cervejas a rodo, tenho um marido compreensivo que não me deu nenhuma bronca por eu ter chegado às 3 da manhã meio altinha... É... a vida é boa!

(saca só nossa cara de felicidade, a porção de Lula a Dorê e os copos cheios. Dá pra reclamar da vida?)


Ah, e ainda fui à Exposição Star Wars no outro dia. Vou reclamar de quê?

segunda-feira, abril 14, 2008

Eu quero é ir embora, eu quero dar o fora!

Eu sempre amei esse canto do mundo aqui. Apesar de não gostar do Cruzeiro e nem do Atlético. Apesar de detestar o Clube da Esquina. Apesar de não comer comida mineira Apesar de ter um sotaque tão misturado por essas minhas andanças pelo Brasil que nem sotaque mineiro eu tenho. Apesar do meu marido ser de São Paulo.

Eu sempre gostei daqui, apesar de... Ignorando uns e outros defeitinhos da cidade, mas sabendo do resto todo que aqui existe e que era tão bom. Gente bacana e hospitaleira, qualidade de vida em uma capital e mais umas e outras propagandas da PBH, que quase me convenciam.

Agora eu não amo mais. Agora que minha mãe virou uma estatística: mais uma vítima do trânsito e que, apesar de estar com todos os ossos no lugar, está estropiadinha e dolorida. Agora que um idiota sem carteira de motorista bateu NA TRASEIRA do carro do meu pai, com meu irmão no volante e pediu um exame toxicológico PARA O MEU IRMÃO. E a polícia civil ATENDEU!!!!! E apreendeu a carteira de quem precisa de um carro pra trabalhar!!!!!! Agora que eu conheço o Hospital Odilon Berhens e seus pacientes viciados em crack, putas que brigam de garrafa em punho e jogam umas às outras contra um muro de chapisco, miseráveis morrendo de dengue sem ninguém para olhar por eles. E minha mãe, machucada no meio dessas pessoas.

Eu quero outro lugar pra viver! Onde não tenham idiotas dirigindo sem carteira atrapalhando a vida de gente fina, elegante e sincera; onde não tenha um hospital tão desumano; e onde o clássico futebolístico não seja Galo x Raposa.