segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Ai que ressaca!!!


Há um tempo atrás eu li um texto do Luís Fernando Veríssimo sobre a ressaca. Era engraçadíssimo, ainda que, até então, eu nunca tivesse curtido uma ressaca. O mais engraçado era sobre a ressaca de licor de ovo, segundo ele, única hipótese em que a lei brasileira permite a eutanásia. Eu sempre ri dessa crônica como uma expectadora de fora, alguém que (repito: até então) nunca teve que suportar a tortura do dia seguinte.

Então, chegamos a esse sábado. Assistimos ao show dos Stones na casa da minha mãe, porque minha TV queimou com os raios do dia do chuvão. Como o show terminou tarde, as crianças já estavam dormindo, eu e o Otto decidimos passar no Bar Dududu tomar uma única cervejinha, coisa rápida, pois sem crianças por perto a casa era toda nossa...

Primeiro erro: passar em um bar. Por que não fomos logo para casa? Mas o bar é gostoso, a Lu e o Dudu são gente boníssima... vamos!

Segundo erro: em vez de sentar em uma mesinha, sentar no balcão e ficar de prosa com a Lu e com o Dudu. A prosa ficou muito boa e as cervejas foram chegando muito rápido. Várias delas. Geladíssimas. E estava um calorão...

Terceiro erro: ficar no bar depois que a Lu foi pra casa assistindo o Dudu botar cerveja do dia seguinte para gelar. Papo vai, papo vem, conta já paga e eis que surgem mais umas três saideiras (que estavam além da conta do meu organismo) patrocinadas por Dudu.

Aí... eu já estava tonta mesmo, fiquei ouvindo a conversa de bêbado entre o Otto e o Dudu. Discutiram Santo Agostinho, Madre Teresa de Calcutá, Jesus, família, de onde viemos, para onde vamos e qual é nossa missão ... é, porque tonto fala sério! Algo assim: "É, tipo, Santo Agostinho é o cara! Porque ele, assim, o cara mais foda do mundo! Tipo muito foda mesmo!"

Pois bem... fomos para casa. O Otto, que já teve ressaca, fez todas as macumbas pós-bebedeiras que ele conhece e acordou novo. Ainda teve a consideração de me fazer beber um copo d'água para reidratar. Acho que por isso não morri. Eu caí na cama com força. E aí... a cama girou para um lado, para o outro, até eu acostumar com o balanço das ondas e dormir.

Dia seguinte... nenhuma Dona Neusa Aldina, nenhuma dona Lisa Dor por perto! Acordei com uma dor de cabeça, estômago péssimo e pressão lá no dedão do pé. Fiquei assim o domingo todo e até a tarde de segunda. Acho que minha cerveja estava batizada. Bem que eu senti um leve gosto de licor de ovo....

Pelo menos, agora, eu posso entender perfeitamente o que quis dizer o Veríssimo. Mas a crônica perdeu um pouco da graça... pelo menos, por enquanto.

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Outra de escola

Aproveitando o tema aí em cima e já que os personagens já foram devidamente apresentados, vou contar mais uma história dos meus "Anos Incríveis".

Na segunda série, ainda apaixonada pelo Ivandro-loirinho-clonezinho-do-Roberto-Leal (paixão essa que perdurou até a quinta série), nossa sala de aulas foi avisada da eleição para representantes de sala. Cada um votaria em um menino e uma menina e a professora apuraria os votos em voz alta na frente de toda a sala. Os mais votados representariam a turma o ano todo.

O Ivandro, que tinha altas aspirações políticas e aproveitando-se de meu amor profundo, me perguntou se eu não votaria nele e, em troca, ele votaria em mim.

Eu, que tinha altas aspirações românticas e aproveitando-me da ambição dele, topei na hora.

Na hora da apuração, a professora ia abrindo os papeizinhos e cantando os votos:

Ana Helena e Ivandro... Karin e Ivandro... Flávia e Ivandro... Solange e Ivandro... Juliana e Ivandro (esse era o meu)... Renato e Karin... Eduardo e Karin... Luciano e Karin... Ivandro e Juliana (esse era o dele).

A turma, que não era nada boba, somou dois mais dois e... se eu votei nele e ele votou em mim, logo, estávamos namorando! Ninguém imaginou um conchavo político, pensaram só em romance.

Foi meu momento de glória no primário. Por quase um mês, todas as meninas morreram de inveja de mim, imaginando que o garoto mais lindo da turma gostava de mim.

Ah! Na apuração, deu Ivandro e... Karin, lógico!

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Esse msn...

Ontem a internet do escritório deu pau. Aí, tive que fazer umas pesquisas de jurisprudência para um recurso que ia ser protocolado hoje e fui na lan do lado do escritório. Não resisti, abri o msn e... 20 minutos e três reais depois, o estrago! Esqueci aberto quando fui embora. Entrou um cara e conversou com todas as minhas amigas que estavam on line. Resultado: uma descobriu e me contou (obrigado, Denise!), outras três não querem mais falar comigo porque acham que eu sou uma tarada. Mas tem uma que quer marcar um encontro ainda para esse fim de semana, sem o Otto... E ainda pediu para eu ir de mini saia. Ui...

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

O primeiro dia do resto da minha vida

O meu Rafa entrou para a 1ª série do ensino fundamental. Eu sei que para ele a 1ª série é importante, mas, na verdade, não tem aquele gostinho de novidade. Ele continua na mesma escola e com os mesmos colegas. E o principal evento da primeira série de antigamente, aprender ler, ele não terá, pois já veio alfabetizado da educação infantil (pré-escola de antigamente)

Mas não pude deixar de ficar empolgada. Porque eu ainda me recordo bem do meu primeiro dia de aula na 1ª série A da Escola Estadual de Primeiro Grau Enrico Bertoni, em 1980. Eu tinha a exata noção, mesmo aos seis anos de idade, que dali por diante minha vida não mais seria a mesma.

Para mim, tudo foi novidade. Eu vinha de outra escola. Aquela era escola de "gente grande", e não um lugar para "criancinhas", como era o caso da Escolinha Castelinho, onde eu tinha estudado até o ano anterior.

Nós, os novatos, ficávamos no pátio - que era enorme - esperando nossos nomes serem anunciados no auto-falante, informando a sala que iríamos estudar. Aí, fingindo a maior naturalidade do mundo, nos dirigíamos pela primeira vez a nossa "primeira-sala-de-aula-de-escola-de-verdade", como se fizéssemos isso todos os dias.

Eu, particularmente, já estava nervosa desde o dia anterior. Não tinha nem dormido. Meu coração quase saia pela boca e, quando chamaram meu nome, tive medo de não conseguir andar até a sala.

Mais de uma coisa aconteceu aquele dia: além do meu primeiro dia de aula, amei pela primeira vez e tive também minha primeira desilusão amorosa.

Estava eu lá no pátio esperando a chamada, quando ouvi o Ivandro Maciel Jr., um garoto loirinho, cabelinho estilo pajem, clone do Roberto Leal, enfim, o menino mais lindo do mundo, dizer para o Renato Righetti: "olha, aquela é a menina mais bonita da escola. Será minha namorada". Olhei para trás e eles olhavam em minha direção. E continuaram falando de mim (achei eu), a garota mais bonita da escola. Me apaixonei pelo garoto naquele instante.

Chegando na sala de aula, o menino já estava lá. Mas nem olhou na minha direção. Logo depois de mim, chegou a Karin Samorano. O menino foi até a mesa dela e disse que ia ser o namorado dela daí por diante. Isso bem ao meu lado. Ela, sim, era a garota mais linda da escola. Loirinha, olhos azuis, roupinha de laço rosa. Um pesadelo!

Até tentei esquecer a sensação maravilhosa daqueles cinco minutos em que eu fui a garota mais bonita da escola em minhas ilusões infantis. Mas aí era tarde... já estava apaixonada! E de coração partido.

domingo, fevereiro 05, 2006

Sumiu...

Eu tinha escrito ontem um texto de aniversário para minha irmã e esse texto sumiu no limbo da internet. Antes de ela ler... Acho que é a lei de Murphy dando as suas caras. A Cris sempre disse que eu nunca escrevi sobre ela em mais de um ano de blog. Quando escrevo... o texto some!!!

Não tem problema, escrevo novamente.

Eu tinha dito que a Cris acaba de entrar para nosso seleto clube: "O Clube Das Que Já Sabem De Tudo e Não Esqueceram De Nada". Com uma vantagem: sem barriga! E com cara de 20.

Falei ainda e repito que ela é "A Amiga", daquela que compra a briga, bate em quem me ofende, toma raiva de quem briga com meus filhos. Minha hermana, minha amiga, minha comadre...

Se o texto voltar, ela vai saber que eu não menti. Se não voltar... Parabéns, Cris! Amo-te