quinta-feira, julho 27, 2006

De Porto Alegre

Eu em Porto Alegre, Otto em Belo Horizonte, Rafael em Belém e André na Bahia... Nesse exato momento, a minha é a família mais esparramada pelo Brasil.

Hoje foi o dia da audiência. Pois bem... a testemunha não mora mais em Porto Alegre, mas sim, em São Caetano. Parece que esse processo ainda renderá um passeiozinho a São Paulo. Ueba!

Daqui há quatro dias, é o centenário do Mário Quintana. A cidade está tomada de coisas sobre ele. Prato cheio pra mim. Fui até o Centro Cultural que funciona no antigo Hotel Majestic, onde ele morava. Tem uma exposição funcionando ali, as paredes cobertas de poesias dele. Fiquei lá por horas, lendo tudo. Minha intenção era ter trazido o meu livrinho do Analista de Bagé para Porto Alegre, sentar em uma praça e ler o livro curtindo o sotaque. Já pensou, ler "oigalê, índio velho!", "índio bem loco" um segundo depois de ouvir de conversar com um gaúcho? Mas está chovendo um bocado e sentar em uma praça está fora de cogitação. Então, essa exposição foi uma alternativa bem bacana.

Comi o famoso cachorro-quente do Rosário (absolutamente absurdo de tão enorme) e já estou chamando padaria de panefício, menina de prenda. Hoje vou conhecer o famoso Galpão Crioulo e comer um verdadeiro churrasco gaúcho. Ai, eu morro de inveja de mim mesma!

terça-feira, julho 25, 2006

Vou pra Porto e, bah! Tri legal!

Adoro andar de avião. Eu vejo um avião decolar e fico aguada de vontade de estar dentro. Sinto uma emoção tão grande quando eu vejo a aeromoça fazer aquela mímica engraçadinha dos procedimentos de segurança que meus olhos se enchem de lágrimas. Gosto dos lanchinhos de avião. E gosto principalmente da rapidez do avião. Acho que essa minha fissura atávica por avião é coisa de quem só voou a primeira vez aos 11 anos e depois passou muitos anos viajando do Pará até Minas de carro lotado, com pai e mãe na frente e três crianças briguentas atrás se engalfinhando, 200 malas, lanchinhos para a viagem toda, um bule de café renovado em cada parada para o pai, único motorista, não dormir, pacotes e mais pacotes de biscoito de maisena, uns vinte litros de água, hotéis de beira de estrada, diarréia, comida ruim...

Não é que esse mês eu estou matando toda a minha vontade de voar? Fui a São Paulo no início do mês e amanhã...dois dias em PORTO ALEGRE!

Tudo bem que é a trabalho, mas eu não consigo imaginar uma cidade mais chique nesse Brasil inteiro. Já separei bota, casaco, cachecol... mas disseram que lá está quente agora. É bem capaz mesmo. Comigo é assim: quando eu vou para Porto Alegre, lá está quente. Mas acho que é mais chique passar calor em Porto Alegre do que em Belo Horizonte. Já tenho planos: vou voltar falando tri bom, chamando os meninos de guris, comendo o "s" nos fins das frases... Ah! E se tudo der certo, mando buscar o Otto e os guris e fico por lá mesmo. Deu pra ti?

sexta-feira, julho 21, 2006

Sem filhos

Meu filho mais velho está em Belém, o meu mais novo está na Bahia... E como serei só eu e meu nego por uma semana e meia, preciso de sugestões: quais são os lugares em BH em que NÃO É PERMITIDA A ENTRADA DE CRIANÇAS? Nem em foto!!! É lá que eu vou.

terça-feira, julho 18, 2006

...mas os meus cabelos...

Desde já, advirto aos leitores homens que esse post será considerado por vocês fútil! É só uma mais uma das historinhas que povoam o universo feminino: a nossa preocupação desmedida com os cabelos. Se quiserem, podem parar a leitura agora e eu não ficarei ofendida. Se quiserem continuar, obrigada! E sejam pacientes!

Tudo começou com uma inocente escova de cabelos. Não a escova de escovar cabelos, mas o penteado. Feito pela minha mãe para quebrar meu galho que não tive tempo de ir ao salão. O cabelo andava muito alvoroçado (um eufemismo para algo com o aspecto de ninho de pardal). Lá estava eu sendo bem tratada por minha mãe, aproveitando o ventinho quente do secador no cabelo, o cafuné da escova, quase dormindo, quando, sem qualquer preparação psicológica, sou informada da existência de dois fios brancos. Não, não eram fios pequenos e nem estavam escondidos no meio da cabeleira. Eram enormes e estavam ali, bem por cima de tudo, na parte de trás do cabelo, onde eu não consigo enxergar e tomar uma atitude mais efetiva antes que as pessoas vejam. Meus dois primeiros fios brancos.

Ao contrário do que eu sempre imaginei, minha reação foi de muita tristeza. Sinceramente, me estragou o dia. Eu sempre me achei desencanada dessas coisas de vaidade, fiquei mesmo arrasada com a notícia. Essas coisas fazem a gente pensar na vida. O tempo passa, a gente envelhece, o cabelo fica branco, o peito cai... vamos parar por aqui senão eu começo a chorar. É claro que os malsinados fios foram devidamente estirpados, com toda a raiva possível.

Nem me venham com aquele papo para consolar a velhinha aqui de que você tem cabelos brancos desde os dezoito anos. Ter fios brancos desde a adolescência não é sinal de envelhecimento, é apenas uma característica genética. O sofrido é encontrar fios brancos no cabelo quando o colágeno do seu rosto começa a te deixar na mão e você está, seriamente, pensando em gastar uma pequena fortuna de três dígitos em um creme que vem em um pote minúsculo para passar no rosto e retardar o envelhecimento. Ô expressão que eu odeio: "retardar o envelhecimento". Quer dizer, correr enquanto tem pernas. Daqui a pouco elas falham e ele te encontra.

Me senti a Madame Min. Cabelos completamente caóticos (até então o caos do meu cabelo nunca tinha me incomodado) e... BRANCOS? Never! Jamais! Nunca! Era hora de tomar uma atitude de mulher. Pintar os cabelos? Não. Só dois fios não justifica tinta. Enquanto der, vamos arrancando um a um os que aparecerem. Então, o que fazer para não se transformar definitivamente na Madame Min. Ou pior: na Maria Bethânia?

Tomei uma atitude de mulherzinha (ando fazendo muito isso ultimamente!). Fui ao salão e fiz uma tal de escova de chocolate. Segundo a cabeleireira, é um tipo de escova progressiva que não deixa os cabelos muito lisos (gosto de um certo caos nos meus cachos), agride menos os fios, blá blá blá. E como toda frescura nova, cara pra burro.

Saí do salão com os cabelos escorridos, tipo chapinha, parecendo a Maga Patalógica e morrendo de medo de ficar assim pra sempre. Se bem que até que a evolução foi positiva. A Maga Patalógica sempre foi mais bonitinha que a Madame Min... menos desgrenhada. A cabeleireira ainda me fez a recomendação de não lavar os cabelos no período de três dias. O QUÊ? TRÊS DIAS? Mas meus cabelos são oleosos... Três dias sem lavar o cabelo e eu serei o Cláudio Venturini. Tudo bem ser bruxa, mas bruxa de cabelo ensebado é fim de jogo no Canindé.

Bem... o fim da história não é trágico. Os três dias se passaram, eu realmente fiquei parecendo o Cláudio Venturini e morri de medo de ficar assim para sempre. Mas lavei meus cabelos e eles ficaram lindos e soltos como os da Samantha, a feiticeira. Agora só falta treinar mais a minha mexida de nariz.

quinta-feira, julho 13, 2006

Para viver um grande amor

Eu ia escrever sobre as miudezas da vida, mas essas ficam para amanhã. Hoje é dia de comemorar. São 10 anos de amor. Amor pré-adolescente... O amor da minha vida. A minha melhor história. E se eu voltasse no tempo 10 mil vezes eu optaria por viver de novo esses 10 anos. 10 mil vezes.

Desculpem a pieguice, mas esse post é romântico e tem endereço certo. E como eu não consigo ser romântica sem ser piegas, tomo, de novo, emprestadas as palavras do Vinícius. Só para você, meu nego!

Soneto do amor total
Amo-te tanto meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.
Amo-te enfim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.