terça-feira, outubro 31, 2006

Eu na telinha

Como o inusitado sempre me encontra, eis que ontem eu e o Otto participamos de um programa da Rede Minas, afiliada da TV Cultura, para falar sobre o Amor. O nosso Amor. Segundo o captador de entrevistados (nem sei se é esse o cargo do rapaz), a nossa história era o que o programa procurava, pelo simples fato de, por um tempo, a gente ter namorado à distância, ele em São Paulo, eu aqui.

Na sexta, o cara me ligou lá em casa, por indicação de um amigo nosso, que também é jornalista. Minha primeira reação foi aceitar o convite. Sou muito jeca e achei o máximo aparecer na TV. Ia ficar que nem o Bugu, falando: "Alô, Mamãe!".

Depois eu me lembrei que minha desenvoltura diante das câmeras é absolutamente nenhuma! E pensei em deixar o tal captador na mão. Eu travei até para gravar um depoimento na formatura do Rafa, paguei mico até no vídeo do meu casamento... imagina em um programa que passa para toda Minas Gerais (e alguns outros Estados do Brasil) E minha mãe ainda me recomendou, poucos minutos antes do tal programa começar: "tome cuidado com o que você fala, minha filha!". Bem, ela estava certa, eu normalmente falo muito mesmo...

Luzes acesas, falta um minuto para o programa. Câmera apontada para mim o tempo todo. Pronto! Foi o que bastou para eu travar geral. A mulher perguntava as coisas para mim e eu ficava lá, com aquela cada de "o quê?". Tá bom, não foi bem assim. Eu até dei umas respostas. E teve o Otto para me salvar algumas vezes.
Antes e depois da entrevista (que deve ter durado uns dois minutos) rolaram uns comentários de dois psicanalistas que lá estavam para falar de Amor. E esses dois falaram. Só detonaram o Amor. E eu me distraia, ficava lembrando das esquetes da Terça Insana e tinha vontade de rir. O Otto queria espirrar. Ah! E os botões da minha blusa abriram no ar por causa daquele maldito microfoninho que eles dão para a gente pendurar na roupa. Fiquei não sei quanto tempo com o meu sutiã aparecendo. Não era dos novinhos... A sorte é que, na hora, quem falava era um dos psicanalistas e nós só eramos filmados de longe. Acho que não foi dessa vez que BH conheceu meus peitos. Graças a Deus.

E para melhorar minha situação, tinha outro casal lá para ser entrevistado. A mulher, uma cabeleireira, tinha descoberto uma traição do marido e, com amor, eles conseguiram superar tudo. E a mulher deu show, foi de uma eloquência que eu fiquei até constrangida com o meu travamento. O marido ficou lá, com aquela cara de cachorro que peidou na igreja enquanto ela contava a tsunami que havia devastado sua vida e que, com que paciência e abdicação, ela conseguiu recolher dos destroços valores pelos quais lutar. Minha historinha ficou chué perto da dela, toda cheia de emoção, traições, reconciliações.

Bom... pelo menos, a chifruda não era eu!

segunda-feira, outubro 30, 2006

A quem interessar possa


Como todo dia tem alguém me perguntando se o Pedro nasceu, aí vai o boletim oficial:

Pedro chegou!

Nasceu no último dia 28, dia de São Judas Tadeu, Pedro Andrade Bruno Fernandes, filho de Cris, minha hermana, e Nicolas, o pai mais babão que eu conheço. O bebê nasceu com 3,545 kg e 50 cm, sob o signo de escorpião. Tem furinho no queixo e covinha no rosto. A cesariana foi realizada às 4:30 horas na Maternidade Santa Fé. Mãe e filho passam bem.

Se todas as previsões estiverem corretas, Pedro será atleticano (por influência maléfica dos pais), médico neurologista muito conceituado no Brasil e no exterior e poliglota. Morará um período na Alemanha, onde fará sua pós-graduação e conhecerá sua futura esposa, uma médica pediatra, com quem terá um casal de filhos. Salvará muitas vidas. Terá uma predileção por sua tia Ju, que será madrinha do seu primeiro filho. Será imensamente feliz.

Se todas as previsões acima estiverem erradas, e ele resolver torcer para o Flamengo (ueba!), ser jornalista, casar com uma dona-de-casa e ter cinco filhos, de uma eu tenho certeza: será imensamente feliz.

segunda-feira, outubro 23, 2006

Sou Dinda!

Sempre achei muito brega uma criança chamar a madrinha de dinda. Até então, não havia nenhuma criança que me chamasse assim. Acho que, por isso - despeito! - "dinda" me soasse tão cafona.

Eis que, então, um casal de amigos nossos, Nelson e Lalá, nos convidaram (Otto também será Dindo) para batizar seu segundo filho, o Luiz. Para explicar a importância desses dois para mim, basta dizer que o Nelson é meu irmão nascido de pai e mãe diferente e a Lalá, além de minha "cunhada", me apresentou a ioga. É a minha anjinha.

E como eu sou uma dinda metida a besta, a história é mais bacana: a cerimônia não é católica, é indígena! Chama-se cerimônia das luzes. Não vai ser ministrada por um sacerdote, mas sim, por uma mestra de ioga! Eu sou uma madrinha-vagalume! Mais chique, impossível!

Eu sei que isso não é uma leitura interessante, mas registrei porque estou feliz!

Outras coisinhas que não interessam a ninguém e me fazem feliz:

Meu pai chegou ontem de seu tour Copenhagen-Edimburgo-Rochedale-Londres-Paris, do qual curou o fuso horário em Porto de Galinhas (se eu estou metida porque fui convidada para ser madrinha, imagine ele, que agora sabe que Champs-Elysées se lê chanselisê e passou seu aniversário de 59 anos no primeiro bistrô da França). Ainda não matamos a saudade como se deve, mas essa semana daremos conta do recado.

Meu sobrinho Pedro chegará brevemente. Talvez hoje, talvez amanhã, talvez dia 25...

O Rafa já está na 2ª série. E ainda nem fez as provas finais. Sou uma madrinha-vagalume e uma mãe-coruja.

quarta-feira, outubro 18, 2006

Vou declarar

(Para quem não gosta de falar de política, até que eu ando bem tagarela no assunto, hein?)

Eu sei que meu voto no Lula contraria muitas pessoas, inclusive pessoas cuja opinião eu respeito e, às vezes, até acato.

Pois bem. Eu voto no Lula. Voto e sempre votei. Não digo que sempre votarei, pois quase mudei de opinião recentemente. Mas se a opção é PSDB e PFL se intitulando "por um Brasil decente"...

Vejam, ainda que eu não vote com a convicção de antigamente, meu voto ainda é firme. Voto e acredito. E não peço desculpas por isso.

Para explicar minhas razões, chupei um texto do blog do Frê, que por sua vez o chupou do blog da Luciana Worms, a quem cita por gosto. Não sabemos de quem é o texto. E a exemplo do Frê, cito que achei esse texto no blog dele apenas pelo prazer de dizer que ele é meu amigo. E cunhado. E o blog dele é excelente (www.fredfavacho.blog.uol.com.br). Mas vamos ao texto:

"Fred explica voto no Lula

Reproduzo a seguir texto que recebi da minha amiga Luciana Worms (o texto não é dela, mas como não sei a quem creditá-lo, cito-a porque sempre tenho gosto em dizê-la minha amiga).
"Ontem descobri porque voto no Lula. Voto nele como protesto. Protesto contra essa classe média e burguesia burra que fazem uma faculdadezinha de direito, de medicina, de engenharia ou de qualquer outra porcaria e querem ser chamados de doutores. Acreditam ser melhores que os outros por ganhar alguns salários mínimos a mais que a maioria, que morre à míngua. Acham que sabem falar um português castiço e, na realidade, não sabem praticamente nada a respeito de nosso idioma (não sabem pontuar uma frase e se consideram melhores que o presidente; não sabem escrever um texto concatenado e se consideram melhores que o presidente; se borram para falar em público e se consideram melhores que o presidente; não sabem nem para que e quando se usam esses pontos-e-vírgulas e hífens que estão nesse comentário, mas, ainda assim, se consideram melhores que o presidente).Pouco me importa quem é o infeliz autor do texto "Pérolas do Debate", gostaria que esse meu e-mail fizesse o caminho inverso ao que fez originalmente e também chegasse para esse pobre coitado. Pobre de espírito e coitado porque é muito triste não conseguir assumir que alguém que já foi operário, que tem um dedo a menos, que fala como o povo, que não é "doutor", pode ser melhor que a grande maioria dos mais abastados.Não consigo admitir que o preconceito seja o motivo para algumas pessoas não votarem no Lula. Admitiria, sim, alguém que, demonstrando algum sinal de inteligência, tentasse me convencer que a economia do país piorou, que a inflação não caiu, que as taxas de juros estão maiores que os 26% da era FHC, que as exportações não duplicaram, que temos hoje mais miseráveis. Mas sabem porque não me tentam convencer desses fatos? Porque, para a desgraça das aves de agouro burguesas, nenhum desses fatos ocorreu! A verdade, que está exposta para cortar a carne dos que se acham poderosos, é que em 4 anos o Lula fez mais do que o PSDB faria se ficasse mais 400 anos no governo.Fico indignado com as pessoas que dizem que bolsa-família, bolsa-escola, cotas nas universidades e outras ações sociais não deveriam existir. E o pior é que usam sempre a mesma frase idiota para justificar isso: "é preciso ensinar a pescar, em vez de dar o peixe de mão beijada". A propósito, será que aqueles que se consideram melhores que o presidente sabem por que escrevi "em vez de" e não "ao invés de"? O estranho é que sempre vemos os erros ou o desconhecimento dos outros em alguma questão, mas dificilmente enxergamos qualquer deficiência nossa. Mas voltando ao que a elite burra acredita desnecessário, o Brasil tem uma dívida imensa com os pobres e negros que ergueram a base da economia desse país. E não pensem que se eles não receberem algum tipo de auxílio terão condições de melhorarem de vida. Como sair da pobreza, da marginalidade, da indigência sem ter o que comer? Fácil falar para quem se farta à mesa com o que existe de melhor!Há ainda aqueles que dizem que com o bolsa-família os pobres ficam preguiçosos e se acomodam. É capaz que isso ocorra com alguns, pois nem todos encaram as oportunidades da mesma forma. Mas cortar esses benefícios por acreditar que isso ocorra é falar do assunto sem conhecimento de causa. Quantas oportunidades você recebeu na vida e não aproveitou? Esse mesmo tipo de gente que diz que os pobres se acomodam passou a vida inteira se acomodando com a riqueza dos pais, com a cola dos amigos na faculdade, com os favores de políticos, com subterfúgios para ser dispensado do serviço militar, etc.Desculpem-me, mas, se quiserem mandar e-mails para mim, que sejam menos discriminatórios. Caso contrário, receberão respostas como essa. Já estou enfastiado de engolir esse discurso prepotente de néscios e apedeutas. Prefiro os e-mails inteligentes, porque justicam alguma perda de tempo, aos preconceituosos, que me enojam (não é de Santo Agostinho, mas não tem problema, porque a maioria também não sabe quem ele foi)".

terça-feira, outubro 10, 2006

Eu não falo de política!

Não gosto muito de falar de política. Sempre tem alguém com opinião divergente da minha e aí... olha o pau! E de pelejas, bastam aquelas forenses que eu sou obrigada a encarar profissionalmente. Mas o cenário político atual merece registro:

Primeiro, o Estado de São Paulo deveria indenizar o resto do Brasil por ter eleito, além da canalha mensaleira toda, o Celso Russomano, o Justiceiro, o Maluf, o Injustiçado e a alegoria-mor: Clodovil. Esse não sabe nem o que faz um deputado. Por enquanto, meus amigos, por enquanto... Essas pessoas tão "probas, honestas, preparadas e merecedoras" dos votos de milhões de paulistas irão LEGISLAR! Criar leis que afetam a minha vida e que tive o cuidado de não votar em ladrão. Porra, quer fazer bobagem, votem neles para deputado estadual, para síndico do seu prédio, para prefeito da sua cidade. Mas não para deputado federal.

E o surrealismo da semana: tive que viver quase 33 anos para ver um petista chamar um tucano de "delegado de porta de cadeia" e o tucano se auto-denominar "instrumento do povo".

domingo, outubro 08, 2006

Terça insana na última sexta-feira

A gente fica acostumado àquele humor carioca, padrão Globo de porcaria... Uma mulher gostosa contando pra outra que a traiu com o marido e a outra fala que também pegou o marido da primeira e essa merda é piada. Ou então ficam com aqueles bordões ridículos e a acham que a gente vai rir. Nunca gostei, nunca ri e se ligar a TV em casa nesses horários é capaz do meu marido me abandonar. Morte ao Zorra Total.

Já o humor mineiro eu gosto. Nossos humoristas são aqueles contadores de "causos", que contam aquelas historinhas de matuto com sotaque do Jequitinhonha acompanhado de uma pinguinha no caneco esmaltado.

Mas me desculpem os fãs da Filó e do Nerso da Capitinga: humor é com os paulistanos.

A Terça Insana é excelente. Ri de me acabar. Fiquei com dor no rosto. Quero o DVD, quero a camiseta e quero morar em São Paulo. De preferência próximo ao Avenida Club.

segunda-feira, outubro 02, 2006

Tirando satisfações

Amigos de São Paulo, por favor, expliquem-se:

PAULO MALUF? Deputado mais votado?